terça-feira, 29 de junho de 2010

...

O que acontece quando já demos tudo , sombra da minha vida
os percalços atravesso descalça
nosso castelo de pedras fundamentadas
e sonhos que são pura realidade
o que acontece no nosso dia-a-dia iluminado?
cada feliz acaso que gentilmente descarto
vida possuida em cada suspiro
agarrada à força e vivida , vivida
exaustivamente
o que acontece em cada percalço


MAUÁ

MAUÁ
Me empresta sua luz nessa noite sem lua.
É porque quero tomar um banho de rio 
com minhas sandálias de prata.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Esse é um dos lados da elegância!

ah

Se eu colocar o ouvido grudado no
seu peito hei de ouvir seu
passado gritando

sábado, 12 de junho de 2010

Delírios

Acordei devastada
nevada
calada na noite
o vento frio corria por entre
meus dedos
selos
petrificando minhas mãos
Acordei  como  terra  molhada
calada
ali  onde moram os princípios e os
declínios
delírios
e lírios moram
sob
a  sombra  prata da brisa
que alisa
no  limite por  trás da cortina
e  no devaneio da  cor  azul  de passeio
em  casa de veraneio

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Recordações e a saudade

Riscos de luz pairando na praça
pálida,cálida,
só uma brisa de lembrança
bancos tortos com a luz de uma
tarde,no meio
da tarde
//////////////////////
folhas secas,úmidas,únicas e a sua
presença ali como um toldo.
Vi fragmentos translúcidos

...

Ouvi seu sopro perto ali do cortex
seu coração quase pulsava
boiando ali no meu esquecimento

...

Estive visitando meu passado,
minhas lembranças,minha
essência,
cheguei à minha raiz,minha identidade prima.
De lá para cá foram só acessórios.

Contador


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quarta-feira, 9 de junho de 2010

Assim

Vou lá fora em busca da tua luz.
Trago comigo a sua folha. 
Brotou na palma d minha mão, 
essa sua imensidão.
Leva no seu corpo a minha respiração tatuada. 
Caminho por rios inavegáveis.
Me molho em águas improváveis. 
Depois desperto leve nessa floresta imaginária.

,,,


Visto e desnudo
cada gota suada , bordada,dedilhada.
acordo num brejo
acordo e já me viro
leve como suspiro
respiro

...

Cavalgo por desertos estéreis
brilhas e fagulhas a dourar
acordo e desboto no alvorecer

...

Página em branco
qual um pranto
sombra de rebanho
sem enfadonho
perco os lírios ditos sujos
aborreço o alvoroço
rosto sem esboço

domingo, 6 de junho de 2010

simples assim

Precisei sofrer cada dor
que cada lágrima me cobrava.
Precisei de tudo isso 
para renascer
muda
nua
suja
mas só que que pertencia à mim mesma.

Sala vazia

Eu venho te ver todo dia
e só encontro essa porta fria

E o engano do tamanho do 
seu silêncio

Ou o silêncio do tamanho
do seu desencanto.


Eu venho te ver nessa
ilha vazia


e quem me recebe é essa
luz que te denuncia.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Fragmentos

Me empresta sua luz nessa noite sem lua.
É porque quero tomar um banho de rio 
com minhas sandálias de prata.

...

Me diz o que a sua alma carrega de mais sublime.
O que se oculta por trás do que não vês?
Qual a cor de sua dor infinita? Mas só enquanto dorme.

...

O que me restou de você me parece pouco.
Acaricio o antigo porta-jóias pois o roçar me leva até 
onde meu braço não mais te alcança.
Por onde caminhas agora,além daqui , na minha lembrança?

...

Ah sim , isso eu já conheço! Era só um tropeço.
Bela é essa sua dor.
Essa ai que carregas no teu ombro esquerdo.
Pequena e trêmula dor.
Ah é ali onde você não sabe.
Ali na imensidão da dúvida.
é ali que tudo cabe.

Louca de poesia


Louca de poesia
qual segredo passou imune , inóculo,sem invólucro?
qual perdão não padeceu da tua atenção?
qual grão germinou sem perdão?
que dia nasceu sem orgia?
qual palavra não cabe na calada?
qual guia perdeu a romaria?
sem prumo dormiu na folia
na revoada perdeu a pegada
na noite desceu qual um alvoroço
sem medo teceu um amoleto
sem pranto calou seu desencanto
sem nó  bordou com cipó
sem ardor corou com calor
de amor
sem pudor
com louvor

Prelúdio


Prelúdio
O prelúdio de uma noite bem vazia
lua magra
sombra das vozes loucas
gritos ocos
quase escuto seu suor
lágrimas de chuva
nuvens ainda duras
ainda corro na relva serena de noite
fria de verão 
e desperto
nua em meu  sono
sorrio em combustão
o sopro que te  causou confusão
ebulição