domingo, 20 de setembro de 2009

SILÊNCIO DAS PEÇAS MUDAS

Ainda me lembro de você quase dia naquele outono frio e uma lembrança longe , tão longe , só de folhas. Não sei por onde passar.Só conheço a entrada sem passagem porque essa luz , essa luz absurda já tudo ocupa. Ainda me lembro de você no silêncio das peças mudas de mobiliário e o vazio de casa desocupada. Pela janela a presença do mundo e eu aqui atrás do vidro. Só de olhos e o vapor. Como me enche esse silêncio que em tudo habita. Como é forte esse grito congelado no ar. Parado , inerte... Ainda me lembro de você , do outono , das folhas. Ainda me lembro de você e agora essa presença vazia